Friday, July 06, 2007

"Flexisegurança"


Por vezes, surgem palavras que ouvimos repetidamente e ignoramos o seu sentido. Não na sua totalidade, mas na sua essência.
Nos últimos tempos surgiu o termo “flexisegurança”, que deu aso a acesas discussões, debates, e mais recentemente a uma manifestação (5 junho) envolvendo milhares de pessoas.

Sendo assim, parece de interesse comum especificar o conteúdo deste termo e tentar entender o porquê de tanta agitação social. Políticos europeus parecem ver nela ( flexisegurança) a salvação, por outro lado, a maioria dos trabalhadores não encontram esperança nem segurança na sua implantação.

A mensagem essencial da flexisegurança é a de que um mercado de trabalho flexível, com maior facilidade de despedir, é mais eficaz, desde que associado a políticas activas de emprego e a subsídios de desemprego generosos.
O argumento é o de que num mundo de trabalho mais instável devido à globalização, a qual conduz a uma forte concorrência internacional, é ilusório defender os empregos existentes, pelo que só haveria duas alternativas: o modelo americano que significa a desregulamentação ou o modelo que combina a flexibilidade com a segurança.


A ideia de um emprego para a vida toda, trazida pelos nossos pais, apresenta assim os dias contados.
Com o mundo do trabalho tão próximo, convém assegurar a ideia que seremos postos à prova diariamente, e a segurança do contrato de trabalho será uma utopia.

A concorrência será certamente feroz. Resta-nos acreditar que o talento será reconhecido em qualquer circunstancia.

O futuro trará consigo as conclusões...

Sunday, April 29, 2007

Conversa Singular


Guardo as cartas que escrevi
Venero o meu tempo, a minha vontade, a minha pseudo sabedoria
Arrisco a minha alma para me salvar...
Rasgo sorrisos para me agradar.

Guardo as musicas que ouvi...
Prolongo o tempo para dormir
Durmo nos intervalos...sonho
Descanso os livros que quase li.

Potencializo o meu fracasso
Verbalizo a minha ambição...
Escrevo, absorvo passos...ritmos, filosofias
Adormeço...paro...manias!!!

Arrisco o toque, sem tocar
Quero sem verdadeiramente querer
Peço o ultimo dos céus...
Sem grande vontade de o receber

Amo sem manual, sem querer, sem perceber
Sinto o poeta amorfo, sem historia
Rasgo monólogos ...
Esquissos... frutos da memória

Faço do eu
A parte de um todo curto
De uma verdade minha, pouco vossa...
De uma razão parva, mesquinha
De uma alma lavada...minha.

Durmo, acordo, faço por adormecer
Adoço conversas, lugares
Centralizo desejos, vontades...
Peço ao tempo ... saberes...verdades.

Monday, January 22, 2007

Nem muito, nem pouco… um ano.


Com um nascimento tranquilo, surgiu o “ Domínio Público”, sem grandes objectivos mas com a vontade de aproximar vontades, de acordar assuntos, despertar interesses.
O tempo terá sempre a importância atribuída, mas a verdadeira força está no retorno. Nada se constrói de segundos, mas da iniciativa, da vitória sobre a inércia.
Agradeço cada visita, comentário…

Sei que o sentido, está na partilha deste espaço, no renovar da confiança … no acreditar que todo o assunto será de “domínio público”!

Parabéns.
(1º aniversario)