Thursday, January 26, 2006

Democracia perigosa.


Ninguém compreende uma sociedade moderna amputada de regime democrata.
Crescemos com a sensação, que este regime protege a nossa individualidade, respeita direitos fundamentais, faz de nós elementos activos de decisão.
Parece lógico, que o acto de escolher é sinónimo de tentativa de evolução social, de vontade de crescer, melhorar, mudar. Mas a sede de mudança é algo que nos deve preocupar.
A mudança implica uma responsabilidade acrescida.
As sociedades modernas, marcadas por intolerância, corrupção, ódios crescentes, são propícias a tentativas desenfreadas, saltos no escuro em busca de uma fuga, que pode ser a perdição.
O voto é uma arma silenciosa.

Os resultados das legislativas palestinianas, (as primeiras realizadas nos territórios palestinianos em dez anos, com a participação de 77 por cento dos cerca de 1.35 milhões de eleitores escritos), são um exemplo do” perigoso regime democrático”.
O movimento islamista Hamas conquistou a maioria, elegendo 76 dos 132 deputados do Conselho Legislativo (Parlamento).
A vitória do Hamas lança uma nova sombra sobre o processo de paz no Médio Oriente, já que o movimento, agora no poder, não reconhece a existência do Estado de Israel e garante que não irá renunciar à luta armada. Por seu lado, Israel garante que não irá negociar “com um Governo terrorista”.

Com o poder do voto, os palestinianos escolheram, mudaram. A Democracia assim o permitiu.
A prática da liberdade estimula auto correcções que ajudam a acelerar o desenvolvimento de uma nação. No entanto, a Democracia não é a mãe da liberdade, é apenas uma ferramenta que bem usada facilita a sua preservação.
A Democracia não detém o poder de evolução, ela tanto pode ajudar a prosperar como contribuir à ruína e destruição.

Institucionalizar a liberdade é uma obrigação. A escolha um dever.
As consequências seguirão o seu destino…

Tuesday, January 24, 2006

Palavra amiga.






As palavras sempre foram a minha melhor companhia.
Bonitas, reais, simpáticas, sustentadas em histórias de vida, em ilusões perdidas... sempre me acompanharam e continuam a ser um refúgio certo. Nelas tudo parece mais fácil.

Na procura da palavra sei que não erro, não me perco...não desisto. Nesse mundo que crio, que faço acontecer, tudo é mágico, surpreendente real.
É esta realidade que me assusta.

A vida é muito mais do que isto. A vida nega, mas motiva,magoa mas faz crescer, derruba e renasce todos os dias num ciclo de rotinas que nos embala e suspira em frases "estupidamente" reais.

A vida não se repete... é uma... e uma só.

Monday, January 23, 2006

Soares não ressuscitou!!

Soares não ressuscitou.
Após amarga espera, Soares, não ressuscitou ao terceiro mandato.
O milagre era esperado por fervorosos apoiantes que se despediram do seu líder com um sarcástico coro de: “ Soares é fixe. Soares é fixe.”
Por ironia do destino, o velório anunciado, acabou por ser um velório alegre.
Uma alegre poesia socialista gelou todo o auditório presente.
Tristes e cabisbaixos, os militantes, embalaram o candidato com pensamentos de dever cumprido.
Milagres acontecem. Este não aconteceu.
Soares retirou-se e levou consigo grande parte do perfume histórico adquirido.

“Soares é fixe”.
“Soares é fixe” …

Sunday, January 22, 2006

Fotografia de presidente

Fotografia de presidente.
" A minha vitória, não é a derrota de ninguém".
Este não é o Cavaco k conhecemos, que nos habituamos a ver e a ouvir. Calmo, ponderado, estranhamente compreensivo!
Mas será este o nosso presidente? Será esta a nossa escolha ou um refúgio para um passado k conhecemos e queremos de volta?

Não acredito em presidentes de oportunidade, que sabem esperar pela sua altura. Acredito em eleições trabalhadas, construídas com base em ideias, em campanhas de proximidade real, discursos impulsionadores de vontades... politica.
A política é muito mais que esperar pela conjuntura certa, cor, imagem, som,...debates para dentro. A política é uma arte de sabedoria... confiança.
Os portugueses merecem melhor. Temos sido uma plateia entretida, adoçada com mentiras motivadoras que conhecemos mas gostamos de acreditar.
Todos sabemos que o mundo destes políticos, n é o nosso. A nossa realidade é bem diferente.
A campanha arrastou-se até ao último suspiro, as eleições sentenciaram... e por fim deu Cavaco.
Não escolhi. Não critico.” Profilhado“ pela tão protegida constituição, será meu, e o presidente de todos os portugueses.
Vou estar atento.