
Toda a obra cientifica, literária, recorre a um prefácio, uma espécie de introdução ao assunto, uma apresentação mais ou menos critica do autor em questão. Nomes reconhecidos, anónimos consideráveis recorrem ás “palavras” para encurtar tempos e alimentar interesses.
Numa conversa típica de café, imaginei uma vida, uma obra... um prefácio.
A vida, num dom egocêntrico que me assiste, preferi a minha, a que conheço, manobro, respiro. Ninguém mais capaz de escrever sobre si próprio.
A obra escrita, palavras alinhadas... surgiu uma duvida!?
Quem!?
Quem poderia ser conhecedor para apresentar de uma forma simples, uma vida confusa de tempos, pessoas, prioridades... assuntos!!?
Dei por mim, estupidamente, a reconhecer que poucas pessoas o poderiam fazer.
Mas seria esta dificuldade um privilégio, ou um defeito?
Eu não entendo a vida feita de “bonzinhos incorrigíveis” , sorrisos permanentes, boa disposição constante. A vida é uma selecção continua que nos agrupa, permitindo sermos nós próprios de uma forma natural e inteligente.
Nem sempre a “primeira impressão” é justa, mas o tempo corrige erros de “casting” e orienta o nosso caminho de encontro a quem realmente interessa.
A perfeição não existe. Neste percurso perdemos pessoas que realmente são importantes, parte de um todo nosso, que repartimos de bom grado, sem imaginar retorno.
A magia da vida esta na descoberta... em sentir que realmente conhecemos o que nos rodeia, a nossa “mini sociedade” , que sentimos um “eu” diluído em “nós”.
A amizade transforma processos, mentaliza-nos que o impossível está ao nosso alcance... que as lições de vida podem ser interessantes.
Mas quem!?
A conversa continuou....e a duvida subsistia:« A quem confiar!?»
Típica conversa de café ... fiquei sem resposta...
A quem confiar!?